Em 1951 é publicado, pela Editora Globo, o livro
Espelho Mágico, uma coleção de quartetos, que trazia
na orelha comentários de Monteiro Lobato.
É o quinto livro publicado por Mario Quintana.
Nesse início de década, a poesia brasileira assiste
por exemplo, publica uma coletânea que busca alternativas
ao chamado projeto modernista.É em tal cenário de mudanças
que Mario Quintana lança o Espelho Mágico.Mas seu livro não
se filia às novidades trazidas pelos poetas do final da
década de 40. Em lugar disso Quintana recorre a quadra,
forma de poesia conhecida desde a Idade Média.
A quadra ou quarteto é forma frequente em composições
populares e mesmo folclóricas, também de largo emprego
entre os poetas cultos entre os quais encontra-se o
português Fernando Pessoa. Inserindo-se portanto na
tradição de poetas cultos que retomam formas poéticas
tradicionais ou populares Mario Quintana cria 111
quadras em que aborda temas variados,todos relativos
a saberes, conhecimentos e experiências comuns a toda
a humanidade.Nas quadras de O ESPELHO MAGICO, o
resgate da capacidade comunicativa não é apenas tema
dos versos.Ele é experimentado e demonstrado,
uma vez que o Eu lírico dirige-se constantemente
ao Outro de maneira mais ou menos explícita.
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