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quarta-feira, 3 de setembro de 2014
IMEMORIAL
À noite pervaguei pelo Beco do Império
que há cinqüenta anos não existe mais
e as horríveis mulheres, nos portais,
estavam belas de eu sonhar com elas.
Um bêbado me olhava, muito sério.
"Ó meu velho Condessa, como vais?"
Porém, agora — eu é que era o velho
e ele nem me conhecia mais...
Tolice!... Ele, afinal, disse o meu nome!
Ah, sempre que se sonha alguma coisa
tem-se a idade do tempo em que as sonhamos:
Me esqueci do futuro... e lá nos fomos
e a luz da Lua — eterna, intemporal —
juntava numa as duas sombras gêmeas.
Mario Quintana ,
in Apontamentos de história sobrenatural
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