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quinta-feira, 8 de agosto de 2013

A CASA DA CULTURA MARIO QUINTANA



A Casa de Cultura Mario Quintana (CCMQ), originalmente Hotel Majestic, 
é um prédio histórico brasileiro e um centro cultural da cidade de 
Porto Alegre, um dos maiores e melhor aparelhados do Brasil.

O Hotel Majestic teve seu auge nas décadas de 1930, 1940 e 1950.
 Durante esse período teve como hóspedes grandes nomes da política,
 como os ex-presidentes Getúlio Vargas e Jango Goulart, e do mundo 
artístico, como Vicente Celestino, Virginia Lane e Francisco Alves.
 A Casa foi nomeada em homenagem a um dos maiores poetas brasileiros,
 Mário Quintana, nascido na cidade gaúcha de Alegrete mas que adotou
 Porto Alegre como sua cidade de coração. O escritor viveu no hotel
 entre 1968 e 1982, no apartamento 217.

O prédio, projeto do arquiteto teuto-brasileiro Theodor Wiederspahn,
 foi o primeiro grande edifício de Porto Alegre em que se utilizou
 concreto armado. Concebido para ocupar os dois lados da Travessa 
Araújo Ribeiro, possui dois blocos interligados por grandes passarelas
 embasadas por arcadas e contendo terraços, sacadas e colunas. 
O projeto do hotel de luxo, mandado construir pelo empresário Horácio 
de Carvalho, foi considerado muito ousado na época, pois a idéia das
 passarelas suspensas sobre a via pública era inédita então.

As obras tiveram início em 1916 e, em 1918, foi concluída a primeira 
parte do edifício. Em 1926 foi projetada a parte leste. Ao final da 
obra, em 1933, o Majestic possuía sete pavimentos na ala leste e cinco
 na parte oeste. O desenho do prédio mistura habilmente estilos 
históricos, dando uma impressão de grandiosidade.

Com o tombamento em 1990, o antigo Hotel Majestic foi adaptado para 
tornar-se o grande centro cultural que é hoje, com locais muito 
agradáveis para confraternização. Os arquitetos responsáveis pela 
transformação interna foram Flávio Kiefer e Joel Gorski.
O prédio, pertencente ao Estado do Rio Grande do Sul, já abrigou
temporariamente diversos órgãos da Secretaria da Cultura, 
incluindo o gabinete do Secretário e o Museu de Arte do Rio Grande 
do Sul (enquanto a sua sede esteve em reformas entre 1996 e 1998), 
e hoje acomoda uma ampla variedade de espaços culturais, tais como
 a Biblioteca Lucília Minssen, a Biblioteca Érico Veríssimo,
 parte do Museu de Arte Contemporânea do Rio Grande do Sul, 
os Acervos Elis Regina e Mário Quintana, a Discoteca Pública Natho
 Henn, as Galerias Xico Stockinger e Sotéro Cosme, os teatros Bruno
 Kiefer e Carlos Carvalho, além de três salas de cinema, cafés,
bombonière, livraria e inúmeras salas com destinações específicas
 e outras tantas de uso múltiplo.

Em 2002, instalou-se no terraço do quinto andar da CCMQ o Jardim 
José Lutzenberger, em homenagem ao ambientalista falecido naquele ano.
 O jardim reúne espécies de plantas dos banhados, dos desertos, 
das pradarias e dos trópicos. Os vasos e as banheiras do antigo hotel
 Majestic, antes inutilizados, ganharam serventia para ajardinar o espaço.

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