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segunda-feira, 19 de agosto de 2013

CANÇÃO DE BARCO E DE OLVIDO



Para Augusto Meyer

Não quero a negra desnuda.
Não quero o baú do morto.
Eu quero o mapa das nuvens
E um barco bem vagaroso.

Ai esquinas esquecidas...
Ai lampiões de fins de linha...
Quem me abana das antigas
Janelas de guilhotina?

Que eu vou passando e passando,
Como em busca de outros ares...
Sempre de barco passando,

Cantando os meus quintanares...
No mesmo instante olvidando
Tudo o de que te lembrares.


Mario Quintana
de Rua dos Cataventos




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