Trotam, trotam, desbarrancando o meu sono,
os burrinhos inumeráveis da madrugada.
Carregam laranjas? Carregam repolhos?
Carregam abóboras?
Não. Carregam cores. Verdes tenros.
Amarelos vivos. Vermelhos, roxos, ocres.
São os burrinhos-pintores.
- Mario Quintana,
in: Sapato Florido, 1948.
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