Para lili
Era um burrinho azul, vindo do céu
Via-o de madrugada no meu sonho...
E eu sempre lhe servia, em meu chapéu,
bolas-de-inhaque feitas de arco-íris!
Nunca as achei por isso nos bazares
quando a cidade despertava, exata,
e só restava da Cidade Oculta
um passo leve de menina-flor...
E era um menino preguiçoso e triste
e quando ele sorria por acaso
ninguém lhe fosse perguntar por quê!
Ele sabia histórias sem enredo
pois não queria que acabassem nunca
- Era um burrinho... uma menina... e...
Mario Quintana
In Baú de Espantos
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